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Mostrando postagens de 2016

O livre mercado sob a perspectiva anarquista

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Na doutrina liberal, a economia de livre mercado é normalmente definida como um modelo de mercado com mínima intervenção do governo. Claro que o “mínimo” aqui varia, pois nível de intervenção para, por exemplo, o liberalismo do século XIX não é exatamente o mesmo para as correntes posteriores. E com o surgimento de novas escolas liberais essa questão ganhou mais outros significados. Vejamos o ultraliberalismo, corrente esta que defende a completa privatização das funções do estado. Segundo o pensamento ultraliberal, um livre mercado genuíno é um arranjo econômico baseado inteiramente na economia de mercado, isto é, todas as transações executadas por intermédio do laissez-faire, sem qualquer intervenção estatal. Desse modo, diz-se que nenhum tipo de intervenção na economia pode ser considerada como parte de um livre mercado de fato. Mas vamos analisar essas questões de um outro ponto de vista. Dentre as diversas teorias econômicas anti-capitalistas, sobretudo daquelas pró

Futebol: o clássico e o moderno

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Eu tendo (e creio que a maioria das pessoas também) a dividir o futebol, já como esporte constituído, através de uma divisão histórica: o futebol clássico e o futebol moderno. E uma divisão histórica é uma boa maneira de compreendê-lo. E pra ficar claro eu não irei levar em questão o futebol histórico, e suas diversas variantes jogadas em vários cantos da Europa durante a Idade Média e início da Moderna, e, naturalmente, outros tipos de futebol: rugby, futebol americano, futebol gaélico, etc. Mas retornamos ao Association Football , ou ao que chamamos simplesmente de futebol. Ao analisar a evolução histórica deste esporte percebemos certos fenômenos que ocorreram ao qual culminaram no que hoje o entendemos como é. Então eu acabo classificando o futebol clássico no seu surgimento, em meados do século dezenove até o final da década de 70 do século vinte. Já o futebol moderno a partir da década de 80. Note que o uso de "moderno" aqui nada tem a ver com fatores

Para sempre

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É com muito pesar que escrevo esse texto. Como milhões de pessoas, sinto-me profundamente triste com o acidente aéreo que ocorreu no dia 28 de Novembro, no Vôo LaMia 2933 com destino a Medellín. Acidente este onde havia atletas e dirigentes do time da Chapecoense, jornalistas, profissionais de vôo e entre outras pessoas. O curioso é que parece que eu era próximo do grupo, que os conhecia tamanha o sentimento triste que sinto. Foi algo tão forte pra mim que no dia eu preferi me afastar das redes sociais, dos noticiários e das rodas de conversa. Então só agora resolvi comentar. De fato é um sentimento de luto. É muito triste. E acredito que este sentimento, que é um misto de empatia, luto e saudade, é o que nos faz humanos. Pessoas de todo o mundo se comoveram e prestaram suas homenagens. E esta é a minha. Aos que sobreviveram, boa sorte e que sigam suas vidas da melhor forma possível. Aos que faleceram, que descansem em paz. Estavam no avião: Adriano Bite

MEC, ocupações e o exemplo estudantil

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De fato as ocupações estão colocando o poder contra a parede. O governo federal tentou (e tenta) de todos os modos jogar a culpa da má gestão do ENEM nos estudantes que estão ocupando escolas. E claro, fazer com que a sociedade aceite esta inverdade como fato concreto. O movimento iniciado pelos secundaristas paulistas em 2015 contra o governo do Geraldo Alckmin e adotado pelo resto do país já na administração Temer está dando o que falar justamente porque tende a renegar os papéis do estado e sua burocracia para fazer uma política do momento, participativa. Sejamos sinceros, não haverá a tal "classe melhor de políticos" que fará dar uma sobrevida à política nacional e, assim, à nossa sociedade. Isso é uma piada. Não há espaço para a parte marginalizada da sociedade dentro das estruturas do governo. Aqueles que buscam melhorias mas se submetem ao estado, às regras do jogo, estarão fadados a falharem. A história está repleta de exemplos. O que estes jovens estão