Corrida contra o metrô


Poderia uma pessoa ser mais rápida que um trem? Se a resposta for sim, em até que ponto isso seria possível? Estas dúvidas foram respondidas de uma forma bastante inusitada. 
Se você utiliza regularmente o metrô para se locomover talvez tenha se perguntado: seria possível alguém sair de uma estação, correr pela cidade e pegar o mesmo metrô, só que na próxima estação? Parece loucura, certo? Sim, e é essa a nova tendência mundial.

Com esse propósito, um inglês de Londres fez o desafio: ao desembarcar do metrô ele cruzou à pé uma estação até a outra pelas ruas da cidade, chegando no mesmo trem e vagão em que estava. Isso mesmo. Ele seguiu o trajeto da linha, só que cortando pela superfície da cidade e retornando no tempo necessário para o novo embarque.

Munido de uma câmera junto ao corpo, algumas posicionadas estrategicamente em seu trajeto e outra no próprio vagão, o inglês conseguiu gravar a façanha e pôr o vídeo no Youtube. Resultado: mais de cinco milhões de visualizações. Para ter uma ideia, o autor do vídeo batizado de Race the tube, chegou a ser entrevistado pela BBC para comentar o ocorrido. Porém a façanha foi mais longe. Ela se tornou um viral e acabou criando uma espécie de competição internacional de pessoas que tentam fazer o mesmo feito mundo afora. Já existem versões da corrida #racethetube nos metrôs de Estocolmo, Budapeste, Paris, Madri, Nápoles, Copenhague, Milão, Praga e em várias outras cidades européias, bem como na australiana Perth e nas asiáticas Hong Kong, Pequim e Dubai. Isso fez com que se gerasse diferentes “modalidades” como corrida em grupo, de revezamento e de longa duração envolvendo várias estações. O feito se popularizou de tal forma que já surgiu vídeo de paródia, uma campanha pela conscientização da falta de estações com acesso facilitado aos cadeirantes e inspirou novos desafios com ônibus, barcos e Trams (VLT de superfície).

Mas não pense que tudo são flores pois a corrida requer treinamento e uma boa estratégia. Por conta disso algumas tentativas não deram certo, demonstrando que de fato não é algo fácil de se realizar. E não é difícil de imaginar isso. Além da distância entre uma estação e outra, da relação da profundidade das plataformas de embarque até superfície da cidade, das catracas de validação das passagens e da própria preparação física do corredor, existem imprevistos que não se pode calcular com certeza tais como o transito local (pense no número de automóveis, motos e ônibus nas ruas) até o número de pessoas transitando dentro e fora das estações.

Embora algumas experiências semelhantes ocorreram alguns anos atrás, como em 2005 com um estudante escocês e um francês em 2012, foi somente com a façanha do inglês que a “competição” se iniciou mundialmente.

Bem, enquanto não se tem notícia dessa moda no Brasil, veja abaixo o vídeo original gravado em uma das diversas linhas do metrô de Londres e logo após algumas experiências ao redor do mundo (algumas delas sem sucesso).

Race the Tube - Londres (original)

Lausana

Lyon

Roterdã


Copenhague


Milão (dupla)


Budapeste


Singapura (grupo de revezamento)


Praga (trio)

Paris

Outros:
Hong Kong (não deu certo)
Kaohsiung (não deu certo)
Pequim
Dubai
Madri
Bruxelas 
Perth

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